terça-feira, 17 de junho de 2008

Treinamento “Solitário” – Porque Iai?

por Ellis Amdur

Traduzido por Jaqueline Sá Freire – Hikari Dojo, R.J.

Alguns praticantes de artes marciais modernas ridicularizam o treinamento com kata, alegando que estar preso à forma é em si uma fraqueza. Eles dizem que assim a pessoa treina respostas estereotipadas pela repetição, tornando-se assim incapazes de responder livremente a um ataque aleatório, imprevisível. Por outro lado, a liberdade de uma pessoa é limitada por sua organização neurológica – padrões estereotipados de ação e reação treinados através de outro tipo de treinamento de kata – os padrões habituais, repetitivos de movimentos que se adquire vivendo. O treinamento apropriado de kata é, de fato, uma forma de se ensinar ao sistema nervoso novos padrões de respostas. Sem repetições suficientes - idealmente, repetições às quais se está completamente atento – o sistema nervoso não desenvolverá novas interconexões para coordenar os novos padrões de resposta. Paradoxalmente, é com a limitação seguindo regras que se pode chegar à liberdade.

Sem duvida, o kata é limitador em certo sentido, mas a concentração e a limitação também causam a criação de habilidades que de outra forma não se desenvolveriam. Por exemplo, o golpe chamado “gancho” nunca teria sido inventado, se os arremessos cruzados de quadril, que são um contra ataque devastador contra socos giratórios, não tivessem sido eliminados do boxe. Da mesma forma, uma postura ereta, que impulsionou o desenvolvimento de muitos dos arremessos sofisticados do judo, que são muito superiores aos arremessos menos refinados dos antigos sistemas de jujutsu, foi em parte um produto dos ideais de Kano Jigoro sobre a educação moral e física dos praticantes do esporte.

Em comparação com muitas outras tradições de luta, o treinamento solitário não é muito enfatizado nas artes marciais japonesas. As artes marciais chinesas são um exemplo oposto. Recentemente me envolvi novamente e apaixonadamente com o treinamento em Xingyi, treinando pelo menos duas horas por dia. Xingyi, que literalmente significa “forma direcionada pela força de vontade” é, definitivamente, um sistema de treinamento neurológico. O método mais importante da prática de Xingyi é a prática solitária. (é verdade que, em um nível posterior, se pratica com um parceiro, e em níveis ainda mais altos, o parceiro é considerado essencial, mas mesmo assim, a forma solitária é considerada a base de tudo). Eu acho que a repetição incessante e concentrada dos mesmos movimentos começaram a modificar minha resposta “instintiva” à uma oposição não treinada ou aleatória, isto é, ao treino com um parceiro.

Quando penso sobre isso, em koryu eu fiz mais treinamento solitário que com um parceiro. Por muitos anos, eu treinei sozinho por horas, geralmente lá pela meia-noite, em um santuário Shintoísta que ficava por perto (infelizmente nunca recebi visitas dos demônios das montanhas – nem dos demônios dos subúrbios – durante meus treinamentos). Eu treinava um lado da forma ou o outro, ou simplesmente fazia suburi. Como eu praticava os movimentos por tantas vezes, eles se tornaram “naturais” para mim. Quando assumo uma postura do Araki-ryu ou do Buko-ryu, é como apertar as teclas de um computador, e um programa completo entra em ação. O resultado disso é que quanto faço uma prática com um parceiro, eu tenho “espaço” para me preocupar com meu parceiro/inimigo, e realmente tomo cuidado com o espaço, com o kiai, etc., porque o lugar de meus pés, a posição de meus braços, o padrão de minha respiração, etc., é quase instintivo. Assim, meu treinamento de koryu acaba sendo semelhante ao meu treinamento em Xingyi.

Isso me leva a falar sobre iai, a peculiar prática em que se isola um único aspecto do treinamento com espada — desembainhar e embainhar a arma, transformando isso em um estudo muito especializado dentro de um ryu, ou um estudo completo por si só. Nos ryu mais antigos, o iai era um método de treinamento auxiliar. Mas porque ele foi incluído no currículo? Muitas outras culturas que também tem ligação com as espadas nunca fizeram desta prática parte de seus treinamentos.

A espada, de forma diferente das outras armas, era muito mais que um objeto que alguém apanhasse para usar em combate e depois deixasse de lado em tempos de paz. Era tão essencial como uma parte da roupa para um bushi como seu kimono ou o hakama. Ele tinha que saber tudo sobre ela – desde a limpeza até como caminhar com ela e colocá-la em uma posição apropriada durante uma conversação. E, é claro, desembainhá-la e recolocá-la na bainha eram gestos que não ocorriam apenas em combates. Muito mais vezes elas eram usadas para o treinamento, e também eram expostas e mostradas para outras pessoas.

O iai é tipicamente descrito como um método de treinamento para aprender a lidar com ataques de surpresa, ataques noturnos, ou para lutar agachado em lugares com o teto baixo, por exemplo. Isso certamente é parte da verdade, mas o iai serviu para propósitos ainda maiores. Antes de tudo, é uma beleza, e muito mais interessante a prática solitária que o suburi, tanto pela utilidade como pela complexidade – assim, o praticante solitário tem uma maneira de manter o interesse por longos períodos de prática, bem como pode fazer uma atividade mais complexa que o suburi, e menos inventada que praticar “meio kata” contra um oponente imaginário. Alem disso, funciona como o equivalente a um curso de segurança no uso de armas de fogo. A preparação das formas e nas formas em si, equivale à limpeza da arma, checagem da munição, atenção ao uso da arma, etc. era tão essencial que foi incluído nos mais antigos bujutsu, e, em muitos sistemas, sua ausência era considerada uma falha tão grande que depois ele foi adicionado ao currículo.

Como outras atividades, sua prática passou a ser importante por si só, e o iai posteriormente se transformou em iaido, um treinamento especializado que, apesar de sua limitação, leva ao mesmo tipo de técnica altamente sofisticada, como limitações semelhantes causaram aos já mencionados judo e boxe. É verdade que este tipo de refinamento só ocorre em tempos de paz. A sofisticação é um luxo. Alguns alunos de koryu e praticantes ridicularizam as disciplinas modernas e mais especializadas como manifestações de enfraquecimento. Mas como é afortunada uma sociedade que tem suficiente tempo de paz para que seus membros possam se dedicar a criar esportes ou disciplinas para o auto-estudo a partir de métodos de luta puramente pragmáticos.

Nota da tradutora: Suburi são exercícios de corte, individuais e repetitivos, muito usados no kendo. A palavra ko significa antigo, e ryu significa escola ou linha de pensamento. Koryu significa escola (ou estilo, ou tradição) antiga.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Kendo e Kenjutsu: Recursos e Textos Úteis

Os praticantes e simpatizantes de Kenjutsu e Kendo podem agora acessar textos e links de e-books e artigos úteis para a prática e/ou a compreensão melhor dessa(s) arte(s).

Não vou entrar no mérito das definições de "Kenjutsu" e "Kendo", suas diferenças, semelhanças e outros detalhes. Creio que isso já vem sendo feito de forma excelente na comunidade do Orkut relacionada: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3052337 e também nos textos aqui postados.


Estou atualmente traduzindo alguns artigos do site "Koryu.com" que postarei aqui. No mais, aguardo comentários dos amigos. Abraços.

YAMAOKA TESSHU

Yamaoka Tesshu, filho de Ono Choemon, nasceu em Edo, Japão, em 10 de Junho de 1836, e foi educado nos modos clássicos do samurai. Seu pai também o apressou a praticar o Zen para formar a "fudô-shin" (mente imperturbável). Tesshu tinha nove anos quando iniciou-se no Kenjutsu Shinkage Ryu, com Kusumi Kantedisai. Também foi instruído na Ono-ha Ittô Ryû, por Kiyotora.

Continuando seus estudos da arte da espada, Tesshu aos dezessete anos entrou para o Instituto Militar Kobukan e para a Escola Yanaoka de arte da lança (sojutsu) Nessa escola o instrutor-chefe, Yanaoka Seizan, ensinou:"Se quiser atingir verdadeira vitória, amplie sua compreensão da virtude. Nenhum inimigo pode derrotar um homem de virtude superior. Tentar vencer apoiando-se somente na técnica irá levar a lugar nenhum". Tesshu não era nenhum gênio natural. Sua memória era péssima e o único modo de reter o que lia era copiando várias vezes. Mas ao passo que a habilidade natural não era grande, sua capacidade de esforçar-se era suprema.

A busca de Tesshu pela iluminação através do verdadeiro Ken Do não conhecia limites. Ele praticava diariamente, e qualquer visitante em sua casa, sem importar a razão da visita, era imediatamente convidado a praticar com ele, carteiros, entregadores, ou amigos. Alguns acabavam por reclamar com os familiares, implorando para que fizessem Tesshu parar. Em sua juventude em Edo ele participou centenas de duelos contra os melhores espadachins do Japão. Durante as sessões de treinamento ele não parava para descansar entre um adversário e outro e praticava continuamente.

Com a idade de 28 anos, conheceu Asari Gimei (Yoshiaki), velho mestre espadachim da escola Nakanishi-ha Itto-Ryu. Tesshu desafiou-o para duelo, e sofreu amarga derrota, tornando-se então aluno de Asari, como era costume na época. Tesshu tinha medidas incomuns para um japonês, era musculoso e tinha mais de um metro e oitenta de altura. Asari por outro lado tinha quase metade do seu tamanho, e era também muito mais velho. Quando Tesshu, um jovem determinado, cruzou espadas com Asari em seu dojo, ele simplesmente não conseguia derrotar o mestre, por mais que tentasse.

“Onde está Tesshu?” gritava Asari “Onde está o verdadeiro espadachim?”.

O espírito de Asari era muito mais forte, e ele empurrou Tesshu para trás, atravessando o dojo inteiro, até chegar à rua, derrubá-lo no chão e bater a porta em sua cara. Isso foi demais para Tesshu. Ele aumentou seus esforços em treinamento e meditação. Mesmo após anos de sofrido treinamento, ele ainda não conseguia evitar de tremer à visão de Asari à sua frente como uma montanha. Tekisui, abade de Tenryuji, o presenteou com este kôan: "Quando duas espadas se encontram não há lugar para fuga; Mova-se friamente, como uma flor de lótus se abrindo em meio ao fogo, e corte os Céus!" Tesshu dedicou cada minuto livre na resolução desse kôan. Na manhã de 30 de março de 1880, sentado em zazen, Tesshu atingiu a iluminação sobre o real princípio da espada. Ele escreveu: “Durante anos forjei meu espírito através do estudo da arte da espada, Confrontando cada desafio resolutamente. Os muros ao meu redor subitamente ruiram; Como puro orvalho refletindo o mundo em cristalina clareza, total despertar agora chegou!”. Logo foi procurar seu professor. Asari Gimei, percebendo que Tesshu atingira o nível de ‘não-inimigo, desistiu da luta e disse-lhe: “Agora você chegou.”

Algumas pessoas medem o valor de um espadachim pelo número de pessoas com que duelou ou por suas ações em combate. O objetivo de Tesshu era refinar seu espírito a tal ponto que ninguém ousasse sequer confrontá-lo.

Num esforço para por fim à guerra civil de 1867, Tesshu quis negociar com Saigo Takamori, comandante das Forças Imperiais. "Isso é muito perigoso," outros protestaram, "você certamente será morto antes que possa sequer chegar perto dele." Tesshu partiu para o acampamento de Saigo andando calmamente pelo meio da estrada, sem ser importunado. Durante o encontro, Saigo perguntou a Tesshu como havia chegado ao acampamento e se ao havia notado nada estranho no caminho. Ele respondeu, "Sim. Percebi que as estradas estavam cheias de sentinelas escondidos." Mesmo sentindo não ser necessário, Takamori deu a Tesshu uma carta de passagem para garantir seu retorno seguro. Apontado para a Casa Imperial em 1872, Tesshu iria tornar-se confidente próximo do Imperador Meiji e seu funcionário mais confiável.


"Explicação da Mutô Ryû"

"A finalidade útlima do kenjutsu é o elevado estado de "sem-inimigo". Se a mente para, o oponente aparece; se a mente permanece fluida, nenhum inimigo existe. Focalizar a relativa força ou fraqueza de um oponente é perder o estado sem-inimigos. Tudo depende da mente. Se imaginarmos o oponente sendo habilidoso, a mente congela e a espada é segurada; se imaginarmos o oponente como sendo fraco, a mente se abre e a espada é libertada. Isso é prova de que nada existe fora da mente. Um espadachim pode praticar duramente por muitos anos, mas se estiver somente movendo o corpo e balançando a espada, seu treino é sem valor. Com base em meus entendimento estabeleci o que chamei "Escola da Espada Sem-Espada." Fora da mente não há espada - isso é "sem-espada". "Sem-espada" significa "sem-pensamentos"; "sem-pensamentos" significa uma "mente que em nada se fixa." Essa é a essência das palavras de Mêncio, "Ki universal preenche cada milímetro do céu e da terra"- em outras palavras "não-inimigo." Pratique dia e noite e irás atingir o estado sem-inimigo. Treine mais e mais!"


Características da escola

As técnicas e os métodos de treinamento da Mutô Ryû nunca foram muito populares - hoje, por exemplo, não há mais do que quinze praticantes da Mutô Ryû. Críticos do passado e do presente têm dito que os métodos são muito severos e seus princípios muito profundos para aplicação ampla. Tesshu nunca teve interesse em popularizar o Caminho da Espada como esporte ou passatempo. Para Tesshu, “um só bom espadachim vale mais que 10 mil praticantes medíocres”.

Nos primeiros três anos, o praticante treinava intensamente katas e treinamento de ataque (kakarigeiro). Os benefícios disso eram que o corpo tornava-se naturalmente fortalecido; adquiria-se precisão nos golpes, pegada poderosa, visão acurada e quadris estáveis; e os movimentos gradualmente tornavam-se livres e fluidos, caracterizados por golpes fortes e ataques velozes. Sem preocupação com ganhar ou perder, totalmente absorta no momento, a pessoa adquiria a mente imutável (fudoshin).

Tesshu sentia que o elemento importante desse tipo de treinamento era nunca recuar ou hesitar, atacar até cair. Não que Tesshu desprezasse a técnica; ele ensinava que a resistência não poderia ser ensinada de outro modo.

Espadachins avançados passavam por três diferentes níveis de "Seigan" (um termo budista que significa "voto"). Nessa circunstância, eram votos de desafiar a morte para obter os mais altos princípios da arte da espada. O primeiro era uma dedicação para treinar durante 1.000 dias consecutivos. No último dia exigia-se que 200 lutas fossem vencidas no mesmo dia, somente parando para pequenas refeições.

Os candidatos que sobrassem estavam aptos para o segundo seigan: 600 lutas durante um período de 3 dias, seguindo o mesmo formato do primeiro seigan. A prova suprema era o terceiro seigan, uma maratona de sete dias e 1.400 lutas que traçavam os limites máximos da resistência física e da força espiritual do verdadeiro Kensei.

Shodô

Enquanto morava em Takayama, com 11 anos Tesshu tornou-se discípulo de Iwasa Ittei, 55º Grão-Mestre da Escola Jubokudô de Caligrafia. A ênfase da caligrafia Jubokudô estava mais nos aspectos espirituais do que técnicos do pincel. Um candidato a essa escola deveria enviar uma cópia do "Clássico de Mil Caracteres" (Senjimon). Tesshu estudou o tehon (texto exemplo) de Iwasa por um mês. Seu pai deu a ele um papel novo e disse-lhe para produzir um texto formal para admissão. Poucas horas depois seu texto de sessenta e três páginas estava pronto. Iwasa maravilhou-se com a aptidão do garoto de 11 anos e concordou em ensinar Tesshu. Posteriormente ele se tornaria o 56º Grão-Mestre da Escola Jubokudô de Caligrafia.

As amostras da caligrafia de Tesshu, de seus 30 a seus 40 anos, apesar de tecnicamente adequadas faltavam em profundidade. Somente após sua iluminação com a idade de 45 seu trabalho com o pincel realmente amadureceu. A caligrafia de Tesshu tinha tanta procura que para manter a ordem seus discípulos tinham que fornecer senhas para as pessoas que iam pedir seus trabalhos. Apesar de nunca haver cobrança para sua caligrafia, a maioria (mas não todos) dos solicitantes tinha a comum cortesia de trazer algo em troca, quer presente ou dinheiro. Sempre que Tesshu recebia um envelope com dinheiro ele o colocava, sem abrir, numa caixa especial. Se uma pessoa necessitada aparecesse, Tesshu buscava a caixa e tirava a quantia necessária. As vendas da caligrafia de Tesshu renderam uma fortuna para outros (inclusive falsificadores) mas nem sequer um yen para si mesmo.

O conselho de Tesshu para seus alunos, tanto em caligrafia quanto em esgrima era o mesmo: permaneça no básico por pelo menos três anos – esqueça acerca de desenvolver um estilo individual no começo. Não importa o quanto difícil possa parecer imitar o melhor desde o início, esse é o único modo de aprender. Em caligrafia não menos do que em esgrima, as exterioridades devem acabar sendo transcendidas.

Tesshu brincava que ele era um pintor de parede ao invés de calígrafo. Durante os últimos oito anos de sua vida, a prática de shodô de Tesshu produziu o que pode ser facilmente estimado em mais de um milhão de obras de arte. Quase todas elas foram para levantar dinheiro para resauração de templos, vítimas de desastres, etc.

Prática Zen e Morte

Não importa o quanto envolvido em assuntos políticos ou seus deveres para com o imperador, Tesshu nunca abandonou sua prática do zazen. Mesmo quando em serviço noturno, ele dormia em seiza, (a postura sentada formal do samurai) por trinta minutos entre seus turnos. Os deveres de Tesshu o impediam de entregar-se totalmente à religião e à arte. Ele era incapaz de "escapar" de suas muitas obrigações, mas isso não o prejudicava de maneira alguma: serviço público, vida familiar, e grande iluminação não eram incompatíveis.

No final da vida, Tessu teve câncer de estômago, e enfrentava dores lancinantes sem se entregar. No dia de sua morte, Tesshu perguntou por que os sons costumeiros não estavam sendo ouvidos no dojo. Os discípulos mais velhos haviam decidido entre si cancelar os treinos naqueles dias para poderem ficar ao lado de Tesshu em suas últimas horas. "O quê?!" gritou Tesshu. "A melhor maneira de honrar a mim e a Mutô Ryû é entrar naquele dojo agora mesmo e praticarem até cair!" Tesshu morreu aos 53 anos, em 19 de Julho de 1888. Ele morreu como um verdadeiro samurai e mestre Zen, primeiro compondo seu poema final e então fechando os olhos e entregando-se à morte sentado em postura de meditação.

Mestre espadachim, mestre calígrafo, negociador, Tesshu foi um homem de muitos talentos, sem apegar-se particularmente a nenhum deles, e sua vida é uma grande inspiração para os kenshis de sua época e de hoje também.